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"Viagens"
28 de Fevereiro de 1998

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Esboço sobre a Ansiedade é uma peça do Teatro da Garagem que visa, ainda, «complementar a formação de novos criadores na área do teatro». Por isso integra quatro actores que terminaram recentemente a sua formação académica - Filipe Duarte, Joana Craveiro, Susana Arrais e Miguel Mendes.
Este aspecto é perfeitamente conseguido. O tom habitual dos espectáculos do Teatro da Garagem - mistura de «alto» e «baixo», trivial e culto, sério e irónico, moderno e pós-moderno - parece ter sido francamente assimilado pelos actores mais recentes, que demonstram um à-vontade e uma capacidade de criar personagens individualizadas muitíssimo estimulantes. A Pia de Susana Arrais e o seu humor «ligeiro», o Roberto de Filipe Duarte e a sua aparente «seriedade», a Inácia/Monja de Joana Craveiro e o seu discurso filosofante (por vezes algo longo), a Carla de Sara Belo, frivolamente angustiada, com e sem bagagens mas sempre com bolsa de maquilhagem (que alívio!...), articulam-se fluentemente com os restantes «veteranos» da Garagem.

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Fonte: Expresso

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"Nas teias da justiça"
4 de Setembro de 2001


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Desta feita, o Palácio da Justiça, em Lisboa, foi o cenário escolhido para a gravação de mais uma cena. "Estou a assar dentro desta toga", diz Susana Arrais, uma das actrizes que compõe o elenco fixo da série. "Silêncio. Acção!", grita Fernando Ávila. O realizador esforça-se por acelerar o andamento das filmagens, de forma a que estejam concluídas no prazo previsto, ou seja, em Setembro próximo. "O facto de o elenco ser bom, o que sucede neste caso, contribui para que se trabalhe mais depressa, que é o que se quer em televisão." Fernando Ávila explica que esta série está a ser realizada à semelhança do que sucede com as produções inglesas e americanas. "Trabalhamos como se fosse para cinema, a luz é diferente, os planos também. Enfim, há uma linguagem diferente que se traduz numa melhor qualidade", afirma. "Espero que os telespectadores se apercebam dessas diferenças e que sintam que esta série é um passo em frente."

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Neste julgamento, quem assume particular destaque é Susana Arrais (a tal que estava a assar dentro da toga...). Aos 25 anos, a actriz, licenciada em Teatro e Educação, é novata nas lides televisivas e espera que seja esta personagem, a Mónica, mais conhecida por Nika, a lançá-la no mundo da representação. Nas palavras da actriz, a Nika é uma mulher ambiciosa, um pouco cínica, das tais que se ama ou que se odeia. "Dá-me um certo gozo explorar uma personagem como esta, com uma personalidade muito vincada", refere. Satisfeita com o trabalho que está a desempenhar, Susana receia apenas uma coisa: a popularidade. "A ideia de perder a privacidade assusta-me um pouco", confessa.

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Fonte: Star

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"Da outra metade"
15 de Setembro de 2001

Duas novas séries dramáticas sobre o lado menos conhecido (mas nem por isso obscuro) da lei, relançam o combate entre canais preteridos.
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Diferente na visão e consideravelmente apartado das implicações está «O Espírito da Lei», série de Sofia Pinto Coelho (apresentada como «jornalista judicial» da SIC), Miguel Fernandes e João Nunes. Previsto para uma 1ª série de 13 episódios com uma cinquentena de minutos cada (e considerável aposta do canal que já foi de Emídio Rangel), o «pacote» é uma série de ficção dramática que acompanha «o percurso de duas jovens licenciadas em Direito, colegas de estágio num pequeno mas importante escritório de advocacia de Lisboa».

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Pelo meio está Mónica Santos (a surpreendente Susana Arrais), que é tão ambiciosa quanto trabalhadora. Há um pano de fundo interessante em tudo isto. Sofia Pinto Coelho, ex-jornalista do EXPRESSO, foi ela própria advogada estagiária da J.A. Pinto Ribeiro e Associados. Em resumo, escreveu sobre algo que a interessa e onde está por dentro, mesmo que só a empresa citada possa dizer que se recomenda.

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Fonte: Expresso


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"Causas justas à portuguesa"
5 de Outubro de 2001


'O Espírito da Lei" é uma daquelas séries que promete acabar com a má reputação dos advogados. Ou pelo menos tentar. A série, que estreia este domingo (dia 23) à noite na SIC, dá a conhecer a história "Joaquim de Brito" (António Capelo) - "JB" para os amigos - um veterano da advocacia que tem a particularidade de se dedicar a causas nobres, mas pouco rentáveis. Os que trabalham para ele admiram o seu idealismo, mas não hesitam em criticá-lo quando chega a altura de receberem os ordenados... Nem tudo corre bem na empresa de advogados de "JB", mas ele está prestes a receber ajuda adicional. "Sofia Castro Barahona" (Diana Costa e Silva) e "Mónica 'Nika' Santos" (Susana Arrais) são duas jovens licenciadas em Direito que vão estagiar para aquele escritório. "Sofia Castro Barahona", descendente de uma família de advogados de renome, apresenta-se como uma rapariga inteligente e idealista que prescinde de trabalhar na firma do pai para se dedicar a causas mais humanas. "Nika", por sua vez, como pertence a uma família menos abastada, é um pouco mais realista e ambiciosa do que a colega. Umas vezes leal e sincera, outras vezes ambiciosa e manipuladora, ela sonha com dias de grandeza e trabalha afincadamente para conseguir chegar onde quer.
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"Mónica Santos" ou "Nika" (Susana Arrais) - Tem uma relação muito próxima com o pai e torna-se na melhor amiga de "Sofia", que conhece durante o estágio. Bonita e elegante, está consciente de que o domínio destas qualidades é uma arma valorosíssima num universo dominado por homens. É calculista, manipuladora e fria nas suas relações amorosas, ao mesmo tempo que se revela generosa e honesta. Para ela, a advocacia é um meio de atingir a ascensão social que pretende.

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"A sério tem mais graça"
17 de Novembro de 2001


Sonhou ser cantora, arquitecta, cenógrafa. Hoje é actriz e professora. E é essa vida dupla que Susana Arrais quer prosseguir, assim a deixem. As suas qualidades das artes do palco podem ser apreciadas em «O Espírito da Lei», série que ficciona o quotidiano de um escritório de advocacia, e que está a ser transmitida na SIC. Susana interpreta o papel da estagiária Mónica Santos, a Nika: «Ela é uma ambiciosa extrema. Mais do que o sucesso, aspira um estatuto social, quer ganhar as causas doa a quem doer», retrata.

Alguma semelhança da pessoa com a personagem? «Fiz tudo para alcançar os meus objectivos mas para mim não vale tudo. Não passo por cima de valores humanos por causa da profissão», assegura. Um gesto simbolizou as diferenças entre Susana e Nika: «Aprimeira coisa que fiz quando acabei as filmagens foi cortar o cabelo, para cortar com tudo. Acabamos por ganhar afinidades com as personagens. É que durante três meses e meio convivi mais com a Nika do que com os amigos e a família.» Quanto à série, crê estar «acima de muitas outras, mas podia ser melhor». Ainda assim, «o balanço é positivo». «Esta experiência na televisão foi uma aprendizagem. Até agora só tinha feito papéis pequenos - 'Diário de Maria' e 'Riscos' - projectos com os quais nãome identifiquei», resume. Bom, bom foram «os laços de empatia criados com os colegas. Criámos uma equipa muito sólida». Outro ponto positivo foi o método de gravação da série, com muitos exteriores: «É um trabalho que exige mais dos actores.» Consequência: «Estou com imensa vontade de trabalhar em cinema», embora as saudades do palco também já apertem.

Foi há dez anos que Susana, hoje com 26, se iniciou nas lides da representação, quando ingressou no Teatro dos Alunos da Escola Secundária de Oeiras (TAESO), na sua terra natal: «A entrada para o teatro deu a oportunidade de me descobrir como pessoa, de desenvolver potencialidades», conta. Um ano depois rendeu-se. «Quando vi um espectáculo do Teatro Meridional, 'Ki Fatxiamu Noi Kui', decidi ser actriz.» Começou então o percurso que a levou ao Conservatório estudar Formação de Actores: «Foram três anos a que me dediquei profundamente. No terceiro, o mais duro, surgiu um convite para dar aulas de Expressão Dramática no Liceu de Oeiras.» Durante quatro anos descobriu a paixão de dar aulas e redescobriu outra, o TAESO, que estava parado e o reactivou. Terminado o curso superior, passou pelo Teatro da Garagem, mas quis prosseguir a vertente teórica, tendo ingressado na licenciatura em Teatro e Educação. A tese, sobre «A presença do teatro na escola secundária», foi distinguida com um 18. Com o curso na bagagem continuou como encenadora do TAESO, ao mesmo tempo que entrou em peças do Teatro Observatório e de O Bando.

Até surgir nova oportunidade no campo do ensino, ao ser convidada para dar aulas na Escola Superior de Educação, em Castelo Branco: «Adoro dar aulas, ponto final. E mais ainda neste campo. Dou formação a futuros professores e educadores de infância. Não são actores nem têm aspirações a sê-lo.» Antes de «O Espírito da Lei» personificou a Liberdade numa peça infantil do Bica Teatro, que percorreu o país. E agora, terminada a experiência televisiva, prestou assistência ao elenco do grupo Segundo a Circular na peça «Nada Pessoal», encenado por Miguel Barros, com quem trabalhou na série da SIC.

Com um currículo tão preenchido, é caso para saber como gere o tempo. Na Beira Baixa passa dois dias por semana, outro em Oeiras, onde continua à frente do grupo teatral, «por carolice» e ainda tem tempo para o que mais surgir. «Quando decidi ser actriz fiz uma escolha de vida. Não é uma brincadeira. Nunca me dispersei. Sei quais são os meus objectivos, ser actriz e professora. Se um dia tiver de escolher uma ocupação, opto pela primeira», diz, resoluta. A propósito da seriedade com que encara a sua profissão, Susana Arrais não deixa de dar opinião sobre a moda das produções recorrerem a figuras conhecidas e 'gente bem': «É errado considerar o trabalho de actor como um 'hobby'. Nunca é tarde para seguir o que se quer. O que me ofende são as pessoas que fazem de actores como uma brincadeira.»


Fonte: Expresso


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"Ser actriz não é uma brincadeira, mas uma opção de vida"
13 de Dezembro de 2001


Começou a fazer teatro por curiosidade, mas nunca pensou fazer da representação em palco uma profissão. Sempre pensou que iria fazer carreira como arquitecta ou pintora. Mas, tal como Susana Arrais explica, "o teatro é viciante, tem qualquer coisa que entra dentro de nós e vicia. Se uma pessoa correr o risco de se apaixonar pelo teatro, muito dificilmente se afasta dele". E Susana acabou por ficar ligada a este mundo como actriz. Uma opção que tomou depois de assistir a um espectáculo no Teatro Meridional. "Saí desse espectáculo completamente apaixonada, e foi nesse dia que decidi que ia ser actriz", recorda Susana que, ao contrário de muitos colegas de profissão, não sonhava com os palcos nem tão pouco com as câmaras de televisão: "Ser actriz não é uma brincadeira. Foi uma opção de vida", frisa.

Pertenceu ao grupo de teatro do Liceu de Oeiras antes de se ter inscrito no Conservatório, onde fez o bacharelato em Formação de Actores e a licenciatura em Teatro e Educação. Ainda estava no 3.º ano do curso quando começou a dar aulas de Expressão Dramática no liceu onde tinha estudado, e hoje forma, na mesma área, futuros professores e educadores na Escola Superior de Educação de Castelo Branco. "Agarrei com unhas e dentes a oportunidade de dar aulas porque defendo a presença das expressões artísticas na educação. Defendi-a na minha tese e defendo-a no meu dia-a-dia, no meu trabalho como professora", explica.

Escolheu uma profissão insegura, em que nem sempre se encontram oportunidades de trabalho. Um facto que a assusta, sobretudo pela "injustiça do mundo", lembrando os "actores profissionais com uma larga experiência que dedicaram anos de vida na sua formação e preparação como actores e muitos deles estão, neste momento, desempregados". Mas a actriz defende que, com persistência, tudo se consegue: "A vida é uma persistência. Ou a pessoa é persistente e continua a andar em frente ou então desiste, encosta-se à parede e fica à espera que lhe venham bater à porta e, nesta profissão, isto não pode acontecer. Eu continuo a fazer castings, a ter sonhos e projectos, e é isso que faz com que a pessoa ande para a frente."

Foi precisamente com persistência, a par da verdade e da fé, valores com que rege a sua vida, que Susana conseguiu o papel de Mónica Santos, ou Nica, na série Espírito da Lei. "Foi uma surpresa muito agradável que me proporcionou uma experiência à séria em televisão. Foram três meses e meio de gravações, com um dia de folga por semana. Senti-me um bocadinho isolada porque a minha família passou a ser a equipa de rodagem e não via sequer os meus amigos. Mas é daqueles bons sacrifícios porque dão frutos ,e os amigos, se são mesmo amigos, continuam lá à nossa espera", conta. Apesar de ter gostado desta experiência, Susana é peremptória ao afirmar: "Se algum dia tiver de optar entre a televisão e o teatro, escolherei a última hipótese. Foi o teatro que me chamou para a vida, que me apaixonou. Gosto das reacções espontâneas e imediatas do público", conclui.


Fonte: Star

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"Sonhos Traídos em filmagens na Venezuela" 
4 de Fevereiro de 2002


Caracas (Enviados especiais) - A tragédia abateu-se sobre a casa dos Garrido, naquela que seria uma noite mágica e terminou da pior forma. No dia do 18º aniversário de Benedita (Danae Gonçalves), a notícia da morte de António (Henrique Viana) num acidente na mina de diamantes cai como uma bomba no seio da família. É o começo da mudança na vida das quatro irmãs de "Sonhos Traídos". Quarta-feira, as gravações da nova telenovela da TVI decorreram mais uma vez na casa Las Garotas, que se encheu de magia e cor para a festa de aniversário da caçula da família. Mais de 60 figurantes encheram o jardim da propriedade de Manuel Morgado, um português radicado na Venezuela, de quem falámos anteriormente. Quem mais se destacou foram as mulheres. Aliás, é preciso referir que neste país da América Latina, as mulheres são lindíssimas e elegantes, despertando a atenção de todos os presentes. O jardim foi o local escolhido para receber os convidados de Benedita. Com cadeiras e mesas espalhadas em redor da piscina, o cenário estava faustuoso. Para animar os convivas, a produção, com o apoio da Venevision (uma produtora venezuelana), convidou os El Guajeo, um grupo musical que tocou esplendorosamente salsa, fazendo com que os presentes se sentissem tomados pelos ritmos latinos. Apesar do dia ter sido um pouco difícil para os técnicos da NBP, com algum "stress" à mistura, tudo acabou por correr na perfeição.

País desconhecido
Mas, regressando à história de "Sonhos Traídos", a noite começa com Miguel (Adriano Luz). O sócio de António aproveita o ambiente para pedir Luísa (Cristina Carvalhal) em casamento. Ao saber da novidade, Susana (Mafalda Vilhena) não acha muita graça e discute com a irmã. No escritório, Zé (Susana Arrais) confronta-se com Susana na presença de Luísa. Benedita junta-se às irmãs e pede-lhes para terem calma. Até que surge na televisão a fotografia do pai. Zé coloca o som mais alto e eis senão quando ouvem que o progenitor foi uma das vítimas da mina que dirige. Está assim dado o mote para a nova vida que se aproxima para as quatro irmãs. Com a morte de António Garrido, as jovens têm de abandonar tudo o que têm - que se julgava muito, mas afinal não -, para tentarem uma nova vida num país que, apesar de terem ligações afectivas, não lhes diz nada.


Fonte: Correio da Manhã

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"Susana Arrais"
22 de Janeiro de 2003



Nome: Carla Susana Arrais Duarte
Data de nascimento: 6 de Outubro de 1975
Naturalidade: Oeiras
Comida: gosta especialmente de comida africana principalmente de muamba
Bebida Preferida: Gin Tónico
Carro de sonho: Renault 4L
Clube: Sporting
Cor: Verde
Desporto: Já fez musculação e ginástica.Agora vai fazendo uns e outros exercícios, mas nada de especial.
Filme preferido: "Serenata á chuva", de Gene Kelly e Stanley Donen.
Música: Gosta de música
Leituras: Gosta de ler peças de teatro e contos.
Qualidade: É amiga
Defeito: Acha que é a super mulher (todos estes dados são retirados de uma entrevista que a actriz deu).
Quando era criança... "Lembro-me da casa do Algarve, das reuniões em família no verão, do meu avô, dos meus primos, de todos". (palavras da actriz)
Estado civil: Casada
Se fosse primeiro ministro... dava mais importância ao ensino.
Saudades: Tem saudades de ser pequenina
Passatempos: Ler,ouvir música e assistir a espectáculos.
Grande paixão: a família
Ódio de estimação: não tem
TV Mais: gosta de ver programas culturais e de informação e as produções portuguesas.
TV Menos: Não vê programas que insultem a inteligência dos telespectadores.



Fonte: Mundo IOL

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"Tremores Íntimos Anónimos"
Março de 2003


Tremores Intimos Anónimos é um espectáculo admirável. O texto de António Cabrita e Luís Carlos Patraquim transformou-se numa peça cheia de tremores, de intimidade e de um público – anónimo ( e insuficiente, merecia mais palmas ). São apenas três actores cujo desafio é representar outros actores. Torna-se muito interessante ver em palco as pequenas superstições utilizadas antes de entrar em cena – neste caso ridicularizadas, o aquecimento e projecção de voz, o jogo, a versatilidade e até competição existentes dentro do mundo do teatro. 
O início é surpreendente: o texto é denso e torna-se cansativo ouvir uma série de teorias ultra-filosóficas à volta de um balde de lata. Mas não é bem assim: de repente as personagens desmancham e tornam-se em actores – todos talentosos, outros mais conflituosos e uma bela actriz menina perdida na sua timidez e submissão em relação aos colegas.
Vale a pena. Vale a pena desligar a televisão, vale a pena sairmos de casa, vale a pena não nos enfiarmos num qualquer cinema fast-food e ir ao teatro. Não custa nada. Ainda se fazem muitas coisas boas em Portugal. Há muitos bons actores cá dentro. E Ana Cloe, Edmundo Rosa e Teresa Pombo têm a particularidade de serem excepcionais. Tudo isto aliado a uma brilhante encenação de Susana Arrais, também ela actriz, alguém que sabe melhor do que ninguém o que é ser actor, as suas crises existenciais, as suas neuroses e idiossincrasias. Nas palavras da própria Susana Arrais, « Cada tremor íntimo, que queremos que deixe o anonimato, impele-os ao faz-de-conta. Saltimbancos anónimos, percorrem o caminho, o espaço, um corredor sem fim, ou início. Apenas um momento. Sempre assim, sempre igual, sempre diferente. Excertos de uma vida cheia de textos dos outros. Excertos de uma vida de actor. »



Fonte: ArtJornal

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"Actores em vias de desenvolvimento"
5 de Outubro de 2003


Desde a antiguidade grega que a vocação teatral possui corpo e se assume enquanto expressão colectiva de representação. Explorar a teatralidade de cada um enquanto arte dramática é, certamente, algo que a escola pode desenvolver Principalmente, quando o teatro é, para os alunos, a arte maior e um desejo de futuro Oeiras tem promovido essa vertente através da Mostra de Teatro Escolar É que nas escolas do concelho, habemus teatro!
Na Escola Secundária Sebastião e Silva, antigo Liceu de Oeiras, a tradição ainda é o que era. Ali, há 20 anos que o teatro tem sigla. O TAESO, Teatro dos Alunos da Escola Secundária de Oeiras, já deu muitos frutos, e um deles é precisamente a actual encenadora do grupo. Outro foi a criação, a partir deste grupo, do Teatro Independente de Oeiras (TIO) por Carlos d'Almeida Ribeiro.

Ex-aluna da escola, que frequentou durante sete anos e à qual regressou como professora, Susana Arrais recorda como tudo começou no TAESO e como este foi, de certo modo, a sua primeira escola de teatro. Actualmente actriz profissional, abandonou aquela escola para ingressar no Conservatório e para se tornar actriz de corpo inteiro. Mas a saudade do princípio fê-Ia regressar à sua origem, não já como aluna, mas, sim, na qualidade de professora da disciplina de Expressão Dramática. É nessa altura que, com o TAESO inactivo, se apercebe de que há alunos e professores interessados por teatro e decide recuperar aquele onde teve o seu início.

É assim que Susana Arrais, a par das aulas de Expressão Dramática, disciplina nuclear do Curso Tecnológico de Animação Social, trabalha na recuperação daquele grupo, durante os quatro anos em que ali é professora, "Este é o quinto ano em que estou ligada à escola, mas já sem dar aulas estou só à frente do grupo de teatro," Actualmente a dar aulas na Escola Superior de Educação de Castelo Branco, confessa que continua a orientar o TAESO porque não consegue desligar-se do grupo, dizendo: "até porque me afeiçoei à escola, aos alunos e ao projecto e eles próprios me pediram para ficar, Não fui capaz de recusar!",

Com cerca de 20 elementos, entre os quais três ex-alunos que continuam ligados à escola através do grupo, o TAESO encenou, durante o ano passado, duas peças, mas o ritmo de produção também depende, segundo Susana Arrais, "daquilo que nos pede a própria escola e de outras solicitações", Uma das peças destinou-se a um congresso de História sobre os 300 anos do marquês de Pombal e foi uma proposta da Câmara Municipal, "Queriam que envolvêssemos alunos de outras escolas, mas conforme o projecto foi andando ficámos apenas nós e os alunos da Escola Secundária Quinta do Marquês. o texto era da Dra. Maria Helena Carvalho dos Santos, uma historiadora que estava directamente ligada ao congresso, e foi um sucesso", explica. Entretanto, decidiram apresentar a peça na Mostra de Teatro Escolar do concelho, mas não só. "levámos uma outra peça, que foi uma criação colectiva a partir do sentimento de ser português à qual chamámos Portugalizando", acrescenta a jovem encenadora.

Neste ano a opção recaiu sobre um texto que tem dado tanto trabalho, que concluíram não ter condições para encenar mais nada. Trata-se do belo texto de luís de Sttau Monteiro Felizmente Há luar. A escolha, proposta por Susana, teve que ver com questões pedagógicas mas igualmente afectivas. "Dá muito trabalho porque implica muito estudo, conhecimento do texto e do autor, mas a proposta prendeu-se ainda com uma ligação minha ao texto e porque me pareceu que poderia ser um desafio para o TAESO." Este último aspecto está relacionado também com o próprio caminhar da responsável pelo grupo. "Tenho tentado fazer um percurso de crescimento.
Durante o ano passado, para o meu estágio do curso de formação de actores, tinha de dar formação de actores a um grupo de teatro escolar e escolhi o desta escola. Neste ano, numa perspectiva de evolução, criámos várias equipas de trabalho dentro do grupo: produção, figurinos, dramaturgia, cenografia, cartas e programas. Neste momento, todos os elementos têm uma tarefa importante para a construção do próprio espectáculo, além da representação. Decidi optar por esta solução até para que eles entendam melhor os mecanismos de construção do próprio teatro." E o balanço é, para já,/positivo, tendo sido, na sua opinião, uma boa medida.
Felizmente há mesmo luar
Como o texto escolhido para levar à cena neste ano lectivo faz parte dos conteúdos do 12.º ano, os elementos do grupo têm feito uma pesquisa profunda, não só bibliográfica mas também junto dos professores de Português e de História, para que, deste modo, exista uma melhor compreensão do texto para quem o está a estudar.
"Uma outra coisa que propus foi fazermos um ensaio aberto às turmas que estão a estudar o texto, para que os alunos possam dar contributos aos mais diferentes níveis", explica Susana Arrais. Depois, apresentaram-se na II Mostra de Teatro Escolar do Concelho. As sessões de trabalho decorrem, em geral, uma vez por semana, mas podem ser mais, dependendo do ritmo de trabalho do grupo. "Procuro que isto seja um estímulo para a vivência deles na escola e para o próprio estudo. E a prova de que funciona é que vêm, mesmo quando já não são alunos, mas continuam ligados à escola através do grupo de teatro", diz Susana, que, pelo seu trabalho, também ela regressada à sua escola pelo afecto que lhe guarda, nada ganha a não ser, segundo palavras suas, experiência.
"Na minha tese defendo a existência de um grupo de teatro enquanto forma de expressão artística. Portanto, o estar aqui é o meu contributo para aquilo em que acredito. Houve uma altura em que parecia que o grupo não pertencia à escola, e por isso é que neste ano alterei a estratégia. Aliás, o projecto deste ano passa também pela recuperação do palco, e isso foi uma proposta dos próprios alunos", conclui.


Fonte: CM Oeiras

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"Não gosto de reality shows"
10 de Junho de 2005

“Não gosto de ‘reality shows’. Não tenho espírito ‘voyeurista’. Não me agrada especialmente ver como é que as pessoas acordam de manhã, refilam umas com as outras, ou vão à casa de banho. É-me completamente indiferente”, salienta a actriz Susana Arrais, segundo a qual o facto das “pessoas estarem fechadas e privadas da sua liberdade e do seu ritmo natural de vida condiciona-as e, naturalmente, leva-as a estados de espírito alterados” e daí as discussões.

“As pessoas sabem que vão participar num jogo, portanto, não é de estranhar que haja discussões. Sabemos que quanto mais polémica, mais audiências e mais os concorrentes ganham com isso.”




Fonte: Correio da Manhã

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"SIC Comédia em directo com Prazer dos Diabos"
12 de Novembro de 2005


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Para além destas conversas em directo, a SIC Comédia vai ainda apostar na série portuguesa O Quadrado das Bermudas, com estreia marcada para dia 7 de Dezembro às 21.30. Será uma sitcom semanal de 25 minutos em que um elenco fixo de quatro actores - Susana Arrais, Pepê Rapazote, Miguel Barros e João Gualdino - interpretará as mais diversas personagens. Até agora, estima-se que cada um dos actores já tenha trabalhado cerca de vinte personagens diferentes.

A estética do programa, inspirado no humor tipicamente britânico, oscila entre a linguagem documental e o cinema. A banda sonora conta com muitos trechos de música clássica e, a nível interpretativo, o objectivo do novo programa passa por uma distanciação da caricatura em direcção a um estilo mais natural. No fundo, o programa concentra-se num somatório dos absurdos quotidianos e pretende reflectir sobre a sociedade portuguesa e os portugueses. Sem as habituais gargalhadas e palmas gravadas por cima...
Para além do elenco fixo, participam convidados como Rui Mendes, Mafalda Vilhena, Frederico Moreno, Pedro Barbeitos e Mílton Lopes. A primeira série de O Quadrado das Bermudas, cuja autoria e guiões pertencem ao actor que já foi apresentador do programa Levanta-te e Ri, Miguel Barros, terá também 13 episódios.



Fonte: Diário de Notícias

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"Mulheres engatam mais do que homens"
24 de Julho de 2006


Repórter Jel – Qual a coisa que mais a irrita num homem?
Susana Arrais – O machismo.
– Em Portugal a mulher tem vindo a ganhar mais influência. Isso pode alargar-se ao engate?
– Acho que hoje em dia são mais as mulheres que engatam do que os homens...
– E vamos ver mulheres a mandar piropos ordinários aos homens?
– Já vi miúdas de 12 e 13 anos a atirarem piropos a rapazes de 16.
– Os homens vão provar do seu próprio veneno?
– Cuidado porque elas vêm aí!
– A lei da paridade não será uma artimanha dos deputados para conhecerem umas miúdas?
– Essa ideia dos números é uma discriminação. Quer dizer: coitadinhas, vamos lá dar-lhes aqui lugar...
– É atraída pelo mundo da política?
– Mais por afinidade, porque ao meu marido atrai.
– Vê-se como deputada?
– Nem pensar!
– Se houvesse mais mulheres na política Portugal ficava a ganhar?
– Acho que sim. As mulheres têm coisas muito boas para dar. É preciso é que acreditem nelas próprias.
– Tem esperança de ver uma mulher à frente deste País?
– Já tivemos e seria interessante voltar a ter mas também depende da mulher porque nem todas as mulheres são boas...
– Em que áreas é que as mulheres poderiam estar melhor do que os homens?
– Não gosto de fazer esse tipo de discriminação.
– Acha que o poder corrompe?
– Acho que o poder é muito complicado. Imagino que seja extremamente difícil lidar com ele... Não me agrada!

 
GOSTOS
Praia – É secreta, fica algures no Algarve
Restaurante – A Horta do Pátio Alfacinha
Discoteca ou bar – Bailarico de aldeia
Filme – A minha vida é um filme
Ambição – Poder escolher tudo o que faço
Companhia – A minha filha

Fonte: Correio da Manhã

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"Morangos com Açúcar"
9 de Novembro de 2007



Susana Arrais teve apenas um mês para descansar após ter terminado o seu trabalho em Ilha Dos Amores. A actriz regressa agora para ser uma doce professora em Morangos com Açúcar. “É um trabalho distinto do que tenho feito e estou com curiosidade. Sempre gostei de fazer coisas diferentes”, explica.

A ex-Carmo vai ser agora uma artista plástica que chega à escola para dar a disciplina de Artes. Para já, não estão previstos grandes desenvolvimentos amorosos para a personagem.

Embora seja uma novidade na ficção para Susana Arrais, no mundo real a actriz conhece os problemas da escola melhor do que ninguém, uma vez que, aos 21 anos, deu aulas pela primeira vez. E teve direito a um titulo bem carinhoso. “Como era muito nova, os meus alunos chamavam-me Storinha. Esse meu primeiro ano foi muito divertido”, recorda

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"Rendo bastante de manhã"
18 de Novembro de 2007


Para Susana Arrais, as manhãs são mais produtivas. Por isso, todos os dias, levanta-se às 7h30. “Rendo bastante quando acordo cedo”, diz a actriz de ‘Ilha dos Amores’. Depois de levar a filha, Maria, de quatro anos, à escola, Susana Arrais está preparada para trabalhar.

“Quando não tenho gravações, continuo a trabalhar. Tenho um grupo de teatro para bebés e crianças e, normalmente, estou a fazer a produção, para tentar vender os espectáculos. Além disso, também dou workshops”, conta a artista. É igualmente de manhã que aproveita um pouco do tempo livre para ir ao ginásio ou andar a pé na praia e no jardim. Em seguida, vai até um café. “É aí que coloco a leitura em dia e tiro as minhas notas. Gosto muito de ler e de escrever ao ar livre”, conta Susana Arrais, que depois regressa a casa e ‘se enfia’ no computador. “Quando me lembro paro para almoçar”, diz a actriz, salientando que quando não está a vender espectáculos se dedica a pesquisar e preparar novos trabalhos. “Nunca estou parada.” É por isso que, para ela, as tardes “são mais sedentárias”.

“Se tiver tempo vou buscar a minha filha mais cedo à escola. Passeio com ela, levo-a às ‘actividades’.” Durante esse tempo, Susana Arrais aproveita para pagar as suas contas, comprar jornais e revistas, e regressa a casa. A filha deita-se por volta das 20h30 e é nessa altura que a actriz e o companheiro, o também actor Miguel Barros, têm algum tempo a dois. “Tenho a vantagem de o Miguel ser o meu companheiro e amigo de todas as horas. Ele ajuda-me no que for preciso, a ler os textos…”, diz. Num dia relativamente calmo, Susana Arrais deita-se por volta da meia-noite, exceptuando as alturas em que está em gravações. “Aí fica tudo para mais tarde”, frisa.
 
AGENDA
10H00
Depois de levar a filha à escola, Susana vai passear para o jardim ou andar na praia.
10H30
Gosta de trabalhar ao ar livre e por isso senta- -se numa esplanada a ler e a escrever. “É aí que ponho a leitura em dia e tiro as minhas notas”, diz.
11H30
Sempre que tem tempo, Susana Arrais vai até ao ginásio. “Faço questão de fazer exercício físico de manhã. É assim que me sinto bem”, esclarece a actriz de ‘Ilha dos Amores’.
16H00
As tardes, segundo a actriz, “são mais sedentárias”. É durante esta fase do dia que Susana Arrais faz compras, vai buscar a filha à escola e compra os jornais ou revistas.
18H00
No final do dia, Susana Arrais ainda tem tempo para pagar as contas. Posto isto, a actriz regressa a casa. Faz o jantar, deita a filha e volta a trabalhar, na companhia de Miguel.


Fonte: Correio da Manhã

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"Teatro infantil ajuda a perder o medo do escuro"
30 de Novembro de 2007


Algumas crianças das Caldas puderam aprender a deixar de ter medo do escuro, durante a peça de teatro que foi à cena no auditório do Centro da Juventude, a 24 de Novembro. “A Menina Que Não Sabia o Que Era o Medo” fala em especial daquele momento em as luzes do quarto de uma criança se apagam e em que tudo mete medo. Na peça, a protagonista ensina os mais pequeninos que o escuro pode ser uma companhia quando estão sozinhos a dormir.
Susana Arrais, que para além de ser uma das actrizes que faz este papel, foi também a criadora desta peça, explicou que o objectivo principal é “ajudar as crianças entre os dois e os cinco anos a ultrapassar o medo do escuro”. Os pais também assistem ao espectáculo e podem aprender também a ajudar os filhos a vencer esses medos.
De início, este espectáculo só era apresentado em jardins-de-infância e escolas, mas o sucesso da iniciativa levou a que fossem convidados a apresentarem-no também em locais públicos por todo o país. Há dois anos que isto acontece e esta foi a segunda vez que vieram às Caldas.
 
Esta peça é a mais recente da Ovo Teatro, um projecto pedagógico que nasceu para levar actividades teatrais aos mais pequenos. “Este é um público que é normalmente esquecido pois os espectáculos são sempre para idades a partir dos quatro ou dos seis anos, mas o público mais pequeno está sedento de actividades destas”, referiu Susana Arrais, recordando que o “faz de conta” é a actividade principal de uma criança. “É por isso que eles aderem bem – é uma linguagem que lhes é muito comum”, disse.

Todos os trabalhos que apresentam são originais, sempre a pensar em objectivos pedagógicos e lúdicos. “Fazemos sempre coisas em que as famílias podem vir em conjunto”, explicou Susana Arrais. Actualmente estão a trabalhar na produção de mais dois espectáculos, um para bebés e outro para as crianças dos dois aos cinco anos.

“Cada vez há mais procura para este género de eventos. Os pais começam a perceber que é uma actividade muito importante para os filhos e eles próprios também se divertem”, concluiu a actriz, salientando que tudo o que estas crianças absorvem no seu dia-a-dia é muito importante para o seu crescimento.
 
Susana Arrais é professora de teatro e é conhecida dos fãs de novelas, em trabalhos como “Morangos com Açúcar”, “Ilha dos Amores” ou “Riscos”.







Fonte: OesteOnline

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"Afastei-me pois queria ser mãe"
9 de Dezembro de 2007


Esteve anos sem fazer novelas, enquanto se dedicava a ser mãe e ao teatro infantil. Regressou para interpretar uma personagem "má", que lhe deu "um enorme gozo". O futuro vai ser marcado como professora Isilda, em "Morangos com açúcar"


Regressou às novelas da TVI após um longo interregno. Durante meses, Susana Arrais vestiu o papel da maléfica Carmo Machado da Câmara, na telenovela "Ilha dos Amores". Agora que já terminou o sucesso de audiências da estação de Queluz, a actriz ruma à novela juvenil "Morangos com Açúcar", onde vai interpretar a professora Isilda. Já lá vão dez anos desde que se estreou na série "Riscos", na RTP1, em 1997.



A Carmo foi um desafio?
Sim. Deu-me um gozo enorme e bastava só o facto de me transformar em Carmo, com as roupas e o cabelo. Diverti-me imenso. É uma personagem completamente diferente do que já fiz. Mesmo sendo má, uma personagem com esquemas, agarrei-me a uma coisa à verdade. Era preciso dar-lhe uma verdade.

Mas custou-lhe encarnar a personagem ?
No início até dizia à miúda que faz de minha filha para no fim darmos um abraço. Porque, como na vida real, abdico de tudo pela minha filha, custava ver uma mãe tão desprendida.



As reacções na rua são positivas?
Sim, e diversas também. Já me aconteceram várias coisas. Desde me dizerem para não dar mais maus conselhos, até me acusarem de estar a pagar compras com o dinheiro da minha sogra, Maria Amélia. Já me perguntaram se era filha daquela que fazia a "Ilha dos amores". Fartei-me de rir nesse fim-de-semana. Muitas vezes passo despercebida, mas já fiz a asneira de sair do estúdio vestida de Carmo e as pessoas reagirem, porque eu própria não consigo sair da personagem com este cabelo (risos).



Onde foi buscar inspiração para construir a "Carmo"?
Tive de me agarrar a algumas coisas. Ver e rever cenas que me poderiam ajudar a compor esta personagem. Na televisão procurei séries que tivessem várias mulheres e a sua forma de ser. Assisti a várias séries diferentes para tentar perceber, entre aquelas mulheres, qual era a inspiração que poderia ter. Depois a "Carmo" começou a tomar conta de mim.



Quando termina uma novela tem algum hábito?
Tenho por tradição levar uma peça que tenha usado, para recordação. Umas nunca mais consigo usar, outras uso com algum prazer.



Ao que se deve o interregno nas novelas?
A vários motivos. Numa altura achei que estava muito distante do teatro e depois também porque tinha necessidade de ser mãe. Dediquei-me a um tipo de teatro infantil, o meu grande projecto teatral dos 0 aos 5 anos, e também a aulas de teatro. É algo que adoro fazer e gosto de retornar, porque me coloca mais próxima das pessoas.



E o teatro para crianças tem público?
Sim, claro. O teatro para crianças não é algo menor, bem pelo contrário, é algo importantíssimo e muito recompensador. É algo que faço e que já vinha de trás, antes do nascimento da minha filha. Tirei o meu curso na área do Teatro e Educação. O desbravar caminho e fazer coisas novas é algo que me fascina e trabalhar com crianças é muito importante.



Não depende da novela?
Creio mesmo que há alguma verdade nisso.



A sua filha vê a "Ilha dos amores"?
Não deixo a minha filha ver a "Ilha dos amores", nem nada que não seja indicado para a idade dela. Acho que as crianças têm muito tempo para ver outras coisas. E a prioridade é brincar. O vicio que é a novela não é apropriado para uma criança. E, enquanto for eu a mandar lá em casa, assim vai ser.

Fonte: MCA5

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